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Servicinhos

“Antes sede uns para com os outros benignos.” Paulo (Efésios, 4:32) Grande massa de aprendizes queixa­-se, por vezes, da ausência de grandes oportunidades nos serviços do mundo. Aqui, é alguém desgostoso por não haver obtido um cargo de alta relevância; além, é um irmão inquieto porque ainda não conseguiu situar o nome na grande imprensa. A maioria anda esquecida do valor dos pequenos trabalhos que se traduzem, habitualmente, num gesto de boas maneiras, num sorriso fraterno e consolador... Um copo de água pura, o silêncio ante o mal que não comporta esclarecimentos imediatos, um livro santificante que se dá com amor, uma sentença carinhosa, o transporte de um fardo pequenino, a sugestão do bem, a tolerância em face de uma conversação fastidiosa, os favores gratuitos de alguns vinténs, a dádiva espontânea ainda que humilde, a gentileza natural, constituem serviços de grande valor que raras pessoas tomam à justa consideração. Que importa a cegueira de quem recebe? Que poderá significar a malevolência das criaturas ingratas, diante do impulso afetivo dos bons corações? Quantas vezes, em outro tempo, fomos igualmente cegos e perversos para com o Cristo, que nos tem dispensado todos os obséquios, grandes e pequenos? Não te mortifiques pela obtenção do ensejo de aparecer nos cartazes enormes do mundo. Isso pode traduzir muita dificuldade e perturbação para teu espírito, agora ou depois. Sê benevolente para com aqueles que te rodeiam. Não menosprezes os servicinhos úteis. Neles repousa o bem­-estar do caminho diário para quantos se congregam na experiência humana. Pelo espírito Emmanuel Por Francisco Cândido Xavier Livro: Vinha de luz

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